CORREIO DE TARIFA A PAGAR NO DESTINO E NA HORA
Absorto e quedo, como se os olhos tivessem passado do estado liquído ao gasoso sem de tanto se aperceber, num banco de jardim. Aliás, é só para isso que servem os bancos de jardim: pôr a ferver e fazer sumir no ar os olhos de quem já se canse de contemplar o trivial.
Uma folha de plátano cai-lhe no regaço. E a abstracção desfaz-se por segundos, quando desce lá das nuvens e pousa na folha. Não se trata de uma folha qualquer. Vê-se nela alguma coisa escrita. Uma palavra, um código, um nome. Só que numa língua distante de mais para que se lhe torne palpável pelos olhos. O que quererá dizer? E quem a teria escrito? E como veio ela até ali aninhar-se-lhe no regaço, se não corre um ar, se nenhuma árvore cobre o banco onde se senta, nem nenhum pássaro a deixou cair de passagem, seria capaz de jurar?
Tira a carteira do bolso e guarda a folha, sem a dobrar, como se fosse uma fotografia. Pode ser que a seguir à folha lhe caia no regaço a mão que nela escreveu, e ele possa também guardá-la na carteira, como se fosse uma fotografia, sem a dobrar.
Uma folha de plátano cai-lhe no regaço. E a abstracção desfaz-se por segundos, quando desce lá das nuvens e pousa na folha. Não se trata de uma folha qualquer. Vê-se nela alguma coisa escrita. Uma palavra, um código, um nome. Só que numa língua distante de mais para que se lhe torne palpável pelos olhos. O que quererá dizer? E quem a teria escrito? E como veio ela até ali aninhar-se-lhe no regaço, se não corre um ar, se nenhuma árvore cobre o banco onde se senta, nem nenhum pássaro a deixou cair de passagem, seria capaz de jurar?
Tira a carteira do bolso e guarda a folha, sem a dobrar, como se fosse uma fotografia. Pode ser que a seguir à folha lhe caia no regaço a mão que nela escreveu, e ele possa também guardá-la na carteira, como se fosse uma fotografia, sem a dobrar.
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